terça-feira, 25 de setembro de 2007

TV Digital: estréia vazia

A TV digital vai "estrear para ninguém", segundo o diretor de Estratégia e Tecnologia da TVA, Virgílio Amaral, em entrevista à Folha Online. O sistema de transmissão digital está previsto para começar a partir do dia 2 de dezembro de 2007 no Brasil e, de acordo com Amaral, em São Paulo, cidade com cerca de 11 milhões de pessoas, haverá menos de mil pessoas assistindo.

Para ele, a TV digital deve estrear mesmo em 2008, estimulada pela transmissão dos Jogos Olímpicos de Pequim. "Não vejo de forma ruim este começo. Afinal, a TV digital vai depender de um processo de aculturamento", pondera.

Para captar a freqüência digital, o telespectador precisará de um aparelho com set-top box (conversor) avulso ou embutido. Se quiser a imagem mais nítida, terá de comprar um televisor do tipo Full High Definition.

"Muita gente acha que ter uma TV de plasma ou LCD qualquer com um receptor digital embutido já dá para receber o melhor conteúdo em alta definição, quando, na verdade, você precisa de uma Full HD para ter a alta definição total", explica Amaral.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Orquestras ao vivo no Second Life


Rogan Macdonald for The New York Times

A Filarmônica Real de Liverpool lançou-se em um novo tipo de apresentação na última sexta-feira (14). Em um ambiente fora das estruturas físicas de um teatro, a orquestra tocou para uma audiência avatares no mundo virtual do Second Life. Na verdade, a apresentação foi ao vivo da sala de espectáculos Philarmonic Hall, sendo transmitida via streamming para os usuários dos Second Life. Depois do concerto, os ouvintes puderam conversar em um bar virtual com o diretor da orquestra, Vasily Petrenko, e com os outros músicos.


Os concertos online estão cada vez mais comuns. A filarmônica de Liverpool foi a terceira a se apresentar. Antes, a sinfonia Leeds e a orquestra Red já tinham testado o alcance dessa nova ferramenta, assim também como o pianista Lang Lang e o jovem estudante holandês, Sebas.

Agora, a discussão em debate é como fazer as apresentações ficarem cada vez mais reais e também com baixo custo. As três orquestras utilizaram técnicas diferentes de transmissão, como oferecer somente o áudio ao vivo e poucos avatares em vídeo. Segundo o jornal New York Times, a orquestra Red fez uma transmissão equivalente a uma transmissão televisiva, porém o projeto custou por volta de $200.000.

A filarmônica de Liverpool optou por uma solução mais barata: deixar apenas uma câmera fixa capturando as ações. Apesar de não ser tão elegante, o custo reduziu para
$16.000, nos quais $6.000 foi para a confecção dos espaços no Second Life.

O que as orquestras também querem é elaborar novas formas de contratos com os músicos envolvidos, construindo uma nova potência de receita via direitos de transmissão. Um dos executivos da filarmônica já está pensando em futuras apresentações no Second Life.

Informações: The New York Times - Watching a Cyber Audience Watch a Real Orchestra Perform in a Virtual World

Bebel Gilberto e Brown referências internacionais


Guillermo Arias/Associated Press

Parece que certos artistas brasileiros já têm um espaço reservado em jornais internacionais. Nesta terça-feira (18), o newsletter sobre arte do New York Times destacou Bebel Gilberto e sua denominação Bebelmusic. “Its hallmarks are an electronica-infused bossa nova, ‘as weightless as it is delicious,’ escreveu Ben Sisario.

Outro que tem uma presença forte no exterior, principalmente na Espanha, é o baiano Carlinhos Brown. Na segunda-feira (17), acompanhei uma entrevista dele ao jornalista também do New York Times. A matéria era sobre música feita na Bahia, mas a fonte principal, segundo o jornalista, deveria ser Brown.

São aspectos como esses que ressalta que a música brasileira tem seu espaço no iPod do estrangeiro, basta só direcionar o trabalho. A credibilidade internacional de artistas, como os dois citados, é fruto do posicionamento em suas carreiras feito por eles mesmos.

- Escute Bebel Gilberto.
- Escute Carlinhos Brown.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Folha Online produz videocasts

Depois mudar o layout e acrescentar podcasts ao seu conteúdo, revelando o interesse pela multimidialidade, a Folha Online decidiu produzir videocasts. Esta é uma grande novidade na Folha, pois ela não tinha tradição alguma em utilizar vídeos, com exceção de alguns raros da BBC Brasil.

Antes de comenta-los, preferi aguardar um tempo, pois sabia que deveria haver uma melhora nestes videocasts. O primeiro foi feito de uma forma bem “tosca” (permita-me a linguagem). Parecia que tinha que ir ao ar naquela data e não importava nenhum padrão estético e até mesmo de produção que respeitasse a marca Folha de São Paulo. O vídeo tinha uma vinheta muito simples e a âncora apresentando as notícias do dia sem acrescentar informação relevantes. Ou seja, eu poderia ter o mesmo conteúdo em podcast, ou nos textos como de costume.




Certo. Passado o lançamento, eles já deram um jeito. O videocast melhorou de produção: vinheta nova, novo cenário, preocupação com a iluminação. O conteúdo também mudou; pouco, mas mudou. O mais interessante é escutar dos próprios repórteres e editores as notícias mais importantes por editoria. Lembro de um videocast que o editor da Ilustrada comentava as matérias que iam ser publicadas na próxima edição do caderno. Outro videocast trazia o editor de Esportes que explicava o caso do Corinthians e MSI. Esse conteúdo diferenciado é o que agrega informação. Apesar de não vermos imagens do tema que está sendo discutido, podemos nos sentir dentro da redação, como estivéssemos conversando com o editor. (Assista)

Outro aspecto que me chamou atenção foi a opção do usuário optar entre Alta Velocidade, Baixa Velocidade e download do vídeo. Isso responde um dos meus questionamentos do post anterior. Porém ainda continuo sem entender por que eles não publicam os videocast por editoria. Por exemplo, os que tratam de esporte estaria na editoria de Esportes e assim por diante. Será que eles pensam que o vídeo é um conteúdo? Não percebem que ele é apenas mais um recurso?