segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Fotojornalismo: atuação sem futuro garantido

Quando os fotojornalistas e seus admiradores se reunirem no sul da França, no final de agosto, na mostra Visa pour l’Image, comemoração anual do ofício, muitos profissionais poderão estar se perguntando quanto tempo ainda conseguirão aguentar.

Jornais e revistas têm cortado os orçamentos de fotografia ou fechado suas portas, e as redes de TV reduziram a cobertura noticiosa em favor de material menos caro. Imagens e vídeos amadores tirados com celulares são publicados em sites da web minutos depois dos fatos. Os fotógrafos que tentam ganhar a vida retratando as notícias dizem que há uma crise.

david_guttenfelder"Advogados Paquistaneses" - David Guttenfelder, Associated Press

O último sinal de problemas foi o da empresa dona da agência de fotos Gamma, Eyedea Pesse , que pediu concordata em 28 de julho após sofrer prejuízo de US$ 4,2 milhões no primeiro semestre, quando suas vendas caíram quase 33%. “Aguentamos até onde pudemos, mas este modelo empresarial não é mais viável”, disse Stéphane Ledoux, executivo-chefe da empresa.

Olivia Riant, porta-voz da empras, disse que haverá cortes de empregos. “O problema é que a fotografia jornalística está acabada”, ela disse. “Vamos parar de cobrir fatos diários para cobrir temas com maior profundidade.”

Notícia publicada em NYT - Lament for a Dying Field: Photojournalism

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